Iniciou sua formação artística com Marisa Santos em 2002 na cidade de Cruzeiro da Fortaleza-MG, continuou os estudos de 2003 a 2008 com Kolley Nardi em Uberaba-MG e em 2012 com Renato Ferrari no Rio de Janeiro-RJ. Participou de workshops e cursos com grandes nomes da arte atual, entre eles o desenhista Nelves, Paulo Frade, Douglas Okada e Márcio Alessandri, além de estudar com afinco os grandes mestres do passado em raros livros de tratado de pintura. Em 2018, com 33 anos, sendo 16 de experiência profissional, membro da ANAP – Academia Nacional de Belas Artes, com mais de duas mil obras realizadas, entre pinturas e desenhos, André administra o ateliê “Arte é Luz” em Uberlândia-MG. Busca uma arte de cunho figurativo-realista e/ou impressionista, mantendo a mais alta tradição das Belas Artes. Premiado em diversos salões de belas artes nacionais e internacionais, com destaque para as medalhas de Ouro, na X Mostra Brasileira Art Index em Dubai-2014, na XI Mostra de Arte Brasileira em Londres 2015, na XII Mostra Internacional em Rotterdã/Holanda 2016 e a medalha de Prata no Museu do Louvre-Paris-França em 2017.
André Maurício compartilha a opinião de um grande mestre do renascimento, Leonardo da Vinci:
O objetivo mais alto do artista consiste em exprimir na fisionomia e nos movimentos do corpo as paixões da alma.
Leonardo da Vinci.
Sendo hoje a arte de pintar retratos, seu tema principal de estudo e pesquisa. Seu trabalho se resume em uma frase:
Quero transmitir em minhas obras a intenção do coração humano.
André Maurício.
No decorrer da minha trajetória como pintor e desenhista, conheci muitos mestres, os quais muito contribuíram para minha formação, venho destacar três que foram de grande relevância na minha vida profissional, que os ensinamentos foram muito além das salas de aula, possibilitando um crescimento em todas as esferas. Esses três professores apareceram inclusive em épocas que não tinha condições financeiras de arcar com as despesas do aprendizado, e que doaram seu tempo e sua dedicação para que eu pudesse aprender, sem que recebessem nada por isso, esses três professores marcantes foram:
Em 2002, na pequena cidade de Cruzeiro da Fortaleza, enquanto eu desenhava faixas para o desfile estudantil da escola municipal, Marisa entrou na sala dos professores e me perguntou se eu não queria aprender a pintar, nunca me esqueci daquelas palavras: “Você já tem o dom, já é um artista, vou te ensinar o básico que sei e depois você vai continuar” Isso foi na minha adolescência, eu tinha 17 anos, numa época em que era desacreditado por muitos, era a má companhia da cidade, falo isso para mostrar o amor indiscriminado de Marisa, que enquanto muitos apontavam e julgavam, ela me estendeu a mão, viu em mim algo que nem mesmo eu via, me levou para sua casa, e me apresentou a pintura a óleo, foi o primeiro contato que tive com as tintas, graças a ela minha semente da arte germinou
Minha mãe se mudou do Cruzeiro e foi morar em Uberaba em 2003, foi quando meu padastro Vilmondes me apresentou Kolley Nardi, que era professor de desenho e pintura, Kolley foi uma figura não só de um professor que ensina técnicas para pintar e desenhar, foi um grande amigo, uma figura de um pai para mim, mesmo nós tendo uma diferença de apenas dois anos de idade. Duas frases suas ficaram na minha lembrança: “Se quiser melhorar na arte é preciso também melhorar como pessoa”; a outra frase foi dita em 2006, em Ilhéus na Bahia, quando eu e Kolley fomos para o litoral baiano para trabalhar como artistas, pintando e desenhando: em papel, veludo, azulejo e telas; em praias, praças, ruas, bares... E num dia, depois de três meses lá e de muitas histórias de dificuldades e superações, sentados numa praça em frente uma banca de revistas, lendo um jornal onde estávamos ilustrando a capa, que trazia a reportagem da nossa exposição no Centro Cultural Bataclan, eu estava em meio as lágrimas de felicidade quando ele me disse: “Se quiser ser um artista, tem que dedicar muito, isso não é brincadeira não”. Kolley muito me ensinou e também me preparou para dar aulas, foi um verdadeiro cultivador, durante cinco anos ininterruptos tive a honra de ir toda semana ao seu ateliê fazer aulas e crescer do seu lado, foi o meu esteio.
Em 2012 no Rio de Janeiro, tive a oportunidade de fazer aula com Renato Ferrari, artista que fez seu mestrado em Belas Artes em Maryland Institute, Hoffberger School of Painting, no Montgomery College, Maryland-EUA e montou o primeiro Ateliê de Arte Realista no Rio de Janeiro em 1997. Não me arrependo de ter renunciado a agenda de passeios que tínhamos feito (eu e minha esposa Carla recém-casados), para participar das suas aulas, apesar do pouco tempo que tive lá, quase duas semanas, porém de aulas o dia todo, onde almoçava em frente ao cavalete. Muito cresci com seus ensinamentos, sem falar na quantidade de materiais que ele me passou em arquivos para que continuasse estudando. Renato foi um jardineiro que podou certos galhos, apresentando novos materiais e técnicas quase esquecidas de antigos mestres, favorecendo ainda mais no meu crescimento pessoal e profissional, propiciando um refinamento da minha técnica. Trouxe no meu caderno uma frase anotada que ele havia me dito: “Esforçar-se ao máximo para fazer o bom e o belo, dar a nossa contribuição para esse mundo. Os artistas tem uma missão, admitir a nossa pequenez diante da grandiosidade infinita da arte e com humildade e prática sermos eternos alunos”.
Seria muita ingratidão da minha parte não registrar os meus agradecimentos especiais a essas três importantes pessoas que Deus colocou no meu caminho, muito obrigado a vocês pelo carinho, atenção e dedicação.